Fumar é um grave problema ambiental. Para produzir cigarros é necessário plantar tabaco, sendo, para tal, inevitável desflorestar enormes áreas de terra de cultivo.
A desflorestação significa a devastação de um habitat que nos países tropicais alberga uma grande biodiversidade que fica ameaçada. De igual modo, a desflorestação também contribui directa ou indirectamente para o efeito de estufa (aquecimento global), uma vez que lança para a atmosfera CO2 e não impede a sua retenção.
Depois destes cortes nas florestas, as grandes quantidades de água provocam enxurradas, arrastando o solo arável e aumentando o processo de erosão destes, podendo mesmo originar o seu fim.
Por se tratar de um cultura intensiva, o tabaco retira do solo elementos nutritivos, obrigando à aplicação de grandes quantidades de adubos. Também é necessária a aplicação de insecticidas, uma vez que se trata de uma monocultura, e esta é passível ao desenvolvimento de um flagelo de insectos.
As águas de superfície e as toalhas freáticas são contaminadas, porque, quando chove, os adubos e insecticidas aplicados são lixiviados (arrastados em solução pela água).
É preciso cortar um hectare de lenha por cada hectare de tabaco que deva ser seco, o que obriga a que o processo de secagem de uma grande quantidade de tabaco exija enormes quantidades de madeira. Por outro lado, se tivermos em conta as árvores que têm de ser cortadas para produzir o papel para os cigarros, concluiremos que a produção de cigarros contribui fortemente para agravar o problema da desflorestação.
Fumar é também uma causa importante de incêndios florestais sobretudo nos países mediterrânicos, com todo o cortejo de problemas ambientais a eles associados.
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